21 abril 2010

Após carteirada de Desª. TJSC faz censura

Este post foge um pouco do foco do meu blog, exceto por certas coisas que eu sou totalmente contra:
  • Hipocrisia
  • Censura
  • Abuso de Poder
O assunto em questão é sobre a Desembargadora Rejane Andersen, que tentou dar uma carteirada em PMs que autuavam o carro que seu filho dirigia, sem documento e com multas pendentes. O malandro do filho quando foi parado, ligou pra mãe, obviamente para se aproveitar do cargo, e salvar a bunda do moleque. Duvida? Um dos PMs foi ainda mais malandro, e filmou a reação da Desª, para alegria nossa e tristeza da "dotora".


O blog do Tijoladas do Mosquito apresenta uma matéria completa a respeito do caso, mas parece que estamos na época da ditadura, pois os funcionários do Tribunal de Justiça de Santa Catarina estão proibidos de acessar o site.

Não bastasse a carteirada da Desembargadora, o TJSC aplica censura à imprensa ao bloquear o blog do Tijoladas, e para piorar a situação do Poder Judiciário, a Associação dos Magistrados de SC apresenta uma nota de esclarecimento que comprova o pensamento elitista dos seus membros.
[...]
Não houve abuso de autoridade por parte da referida magistrada. O que houve, repise-se, foi a exigência, por parte da desembargadora Rejane Andersen, de respeito a sua condição de magistrada e cidadã.
Faz-se necessário, ainda, registrar que a desembargadora Rejane Andersen possui uma longa folha de relevantes serviços prestados à Justiça catarinense, merecendo não só de seus colegas, mas também de toda a sociedade catarinense, a justa atenção aos seus argumentos sobre o caso [...]
E você aí, funcionário público que também possui uma longa folha de relevantes serviços, mas que não assume cargo de magistrado, vai fazer o quê na próxima vez que for parado em blitz? Anote este telefone no seu celular: (48) 3287-2500, e fale com o Sr. João Eduardo Souza Varella. Se não atenderem, tente outros.

Dica de última hora!!


Se você um dia for parado numa blitz, e quiser que a dotora te tire dessa enroscada, ligue para (48) 3284-2366.

Censura
 
O que me chamou atenção também foi o ato do TJSC de bloquear o site do Tijoladas. Ora, adianta bloquear um site? O jornal O Globo comenta o caso também. Fora uma série de outros sites que falam a respeito, incluindo agora este. Aviso aos senhores que exijiram o bloqueio do site: só piora a situação. :-)

Para finalizar, fica aqui um trecho do Código de Ética da Magistratura, para  a Desª. Rejane Andersen refletir:
CAPÍTULO V
INTEGRIDADE PESSOAL E PROFISSIONAL
Art. 15. A integridade de conduta do magistrado fora do âmbito estrito da atividade jurisdicional contribui para uma fundada confiança dos cidadãos na judicatura.
Art. 16. O magistrado deve comportar-se na vida privada de modo a dignificar a função, cônscio de que o exercício da atividade jurisdicional impõe restrições e exigências pessoais distintas das acometidas aos cidadãos em geral.

Fonte: Conselho Nacional de Justiça

23 março 2010

ApacheCon NA 2010: Como ir?

Na semana passada escrevi aqui sobre a Apache Software Foundation, uma entidade que poucos conhecem mas muitos já ouviram falar. É graças à ASF que o Apache HTTPD, e muitos outros projetos sobrevivem (wicket, camel, servicemix, activemq, tomcat, ant, maven, struts, geronimo, commons, httpclient, etc, etc, etc.)

Foi também graças à ASF que em 2008 e em 2009, tive condições de participar da ApacheCon, a mais importante conferência da ASF. Graças à ASF porque somente com o apoio (financeiro) deles, tive condições de viajar, além também da isenção da inscrição do evento que, para mortais como nós, não é barato.

O processo para conseguir esta assistência, ocorre através da Apache Travel Assistance Committee, ou Apache TAC. Este comitê existe para ajudar àqueles que gostariam de participar da Apache Conference, mas que encontram dificuldades financeiras. O TAC pode auxiliar na compra de passagens, hospedagem, transporte, alimentação e inscrição do evento.

Este ano eu não poderei ir devido a uma norma do TAC de não dar assistência ao mesmo indivíduo por três anos seguidos. Já que não posso, compartilho com vocês minha experiência para que outra pessoa possa ter esta incrível oportunidade.

Você deverá preencher um formulário, descrever seu envolvimento com a ASF, e de preferência suas contribuições a projetos Open Source. Também deverá declarar que tipo de assistência você precisa (se é somente passagem aérea, ou se precisa de hospedagem também).

Para facilitar a escolha do TAC em patrocinar a sua ida, evite pedir auxílio com hospedagem, e tente meios como o CouchSurfing.org, ou ainda ficar em albergues. Lembre-se: quanto menos você precisar, mais chances terá de receber auxílio do principal: passagem aérea. O resto você se vira. Alimentação também não é necessário já que no evento você terá isso durante todo o dia. Inclusive free beer!!

Então, se você quer ir à ApacheCon este ano em Atlanta, já sabe o que fazer. Boa sorte! E que você volte de lá com mais interesse pela ASF do que eu já tenho... :-)

21 março 2010

Wicket Brasil: mais de 600 mensagens


Em 2008, ainda trabalhando para a Summa Technologies, que conheci o framework Apache Wicket. Isso aconteceu porque meu amigo Michael Nascimento sugeriu o Wicket como possível base para um módulo web do Genesis. O módulo não saiu, mas meu interesse pelo framework só aumentou. Naquele mesmo ano, em Setembro, apresentei o Wicket à galera do JustJava, junto com o Claudio Miranda. A sala estava cheia e muita gente curiosa em conhecer o framework web mais divertido do momento. É tão divertido desenvolver com ele, que o título da palestra ficou até óbvio. Por fim, em outubro de 2008 nascia a comunidade Wicket em Português.

Após 1 ano e meio, já foram mais de 600 mensagens pelo grupo, e a cada semana recebo pelo menos um pedido de inscrição. Vejo que, assim como aconteceu com Struts em 2002, acontece agora com Wicket.

Para acelerar o crescimento dessa comunidade e difundir o conhecimento do framework a todos os desenvolvedores, deixo aqui avisado que, se você tiver um evento de Java, um JUG ou uma empresa que pretende trabalhar com Java para a Web, entre em contato e eu estarei presente para apresentar o Apache Wicket.

E que em 2010 o número de mensagens passe de mil !!

10 março 2010

Conheça a Apache Software Foundation


Agora pela manhã me deparei com esta mensagem do RioJUG no meu e-mail:
Olá ,
Estou terminando uma Pós em Engenharia de Software com ênfase em J2EE , assim gostaria de contribuir em projetos Open Source.... quem souber de algum projeto que não exija um nível de experiencia avançado por favor me avise.
Att,
Primeiro, quero dizer que estou surpreso em saber que existem pessoas saindo da faculdade, e talvez mais grave ainda, vindos de uma Pós, que não conhecem a ASF. Os motivos podem ser diversos: falta de interesse do aluno, ou dos professores ou o mais provável: marketing pobre da própria fundação. E é por isso que escrevo este artigo.

Você deve conhecer o Servidor Web Apache, que acabou de celebrar 15 anos de aniversário no último mês de Fevereiro. Entretanto, por trás deste projeto, existe a Apache Software Foundation, a mais importante organização e a maior contribuidora de código Open Source que você pode imaginar. Muitas empresas estão por trás, como (acredite!) Microsoft, Google, IBM, RedHat, HP, Cisco, Yahoo!, Facebook e muitas outras. Muitas destas empresas contribuiram ou ainda contribuem, entregando códigos ou projetos inteiros à fundação, além também de contribuições financeiras para manter a infra-estrutura necessária para estes projetos.

Graças ao Firefox, ao Thunderbird e ao antigo Mozilla, muitos devem conhecer a Mozilla Foundation. Entretanto, a Mozilla direciona todos os seus recursos para estes poucos projetos. Já a Apache, provê suporte organizacional, financeiro e jurídico a qualquer empresa ou indivíduo que queira contribuir com um projeto, produto ou apenas um trecho de código Open Source. E é por isso que, ao acessar este site, você verá uma quantidade absurda de projetos mantidos pela fundação. Alguns deles até já falei a respeito, aqui no meu blog, como o Apache Camel e Apache Wicket. Se você preferir conhecer projetos por linguagem de programação, veja esta página.

Voltando agora ao e-mail anônimo: como contribuir para o Open Source? Como participar de algum projeto? Onde começo? Está aí uma ótima oportunidade de disciplina para as faculdades de software. Confesso que não entendo até hoje, porquê nenhuma faculdade oferece uma cadeira sobre Comunidade Open Source (se você conhece uma, por favor comente!).

A Apache trabalha com o sistema de meritocracia. Para começar, é fácil: contribua de alguma forma:
  • Participe das listas de discussão
  • Envie correções de bugs
  • Sugestões de funcionalidades
  • Escreva a documentação (este ganha muitos pontos!)
  • Faça palestras (você pode ser convidado para a ApacheCon)
  • E mais importante: seja humilde e paciente
Você pode passar meses contribuindo com bug fixes, ou respondendo dúvidas nas listas, e mesmo assim ninguém chega para você e diz: "ei, quer ser um committer?". O motivo é que provavelmente, existem muitos outros desenvolvedores fazendo o que você já faz, há muito tempo! Outro motivo possível é a quantidade atual de desenvolvedores no projeto. Neste caso, você só vai mesmo ter chance quando contribuir com algo realmente valioso e inovador. Minha sugestão: procure um projeto na incubadora ou algum projeto já graduado mas ainda recente, como por exemplo o CouchDB. Ingresse na lista de discussão, conheça o produto e veja no Issues Tracker se há alguma coisa que você já possa resolver.

Em pouco tempo você ganhará experiência em como contribuir, vai entender a gíria da comunidade e ainda dar opinião no trabalho de outras pessoas. Seja um Desenvolvedor Open Source.

19 janeiro 2010

Mafia dos Boletos: registrohost.com e registrar.br.com

Nos últimos dois meses, milhares de brasileiros têm recebido boletos da empresa Registrar.br.com. Esta empresa picareta envia boletos a donos de domínios .com.br, na tentativa de induzir as pessoas ao erro.

Esses boletos, sendo muito parecidos com os do Registro.br, fazem as pessoas pensarem que se trata da cobrança anual do seu domínio. Com medo de perder o domínio, as pessoas pagam o boleto.

Ou, em outras palavras, são roubadas.

Leia o post chamado Registrar.br.com – Golpe do boleto, onde é explicado este golpe com grande riqueza de detalhes. Quem não leu, vale a pena conferir.

Leia mais em: http://gustavo.cardial.com.br/registrohost-com-dissecando-mafia-boletos/

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